J. Bras. Nefrol. 2014;36(3):289-96.

Associação entre indoxil sulfato e histomorfometria óssea em pacientes renais crônicos pré-diálise

Fellype Carvalho Barreto, Daniela Veit Barreto, Maria Eugênia Fernandes Canziani, Cristianne Tomiyama, Andrea Higa, Anaïs Mozar, Griet Glorieux, Raymond Vanholder, Ziad Massy, Aluizio Barbosa de Carvalho

DOI: 10.5935/0101-2800.20140042

Introdução:

Estudos experimentais indicam que o indoxil sulfato (IS), uma toxina urêmica ligada à proteína, pode estar envolvido no desenvolvimento da osteodistrofia renal.

Objetivo:

Avaliar a associação entre os níveis séricos de IS e parâmetros bioquímicos do metabolismo mineral e da histomorfometria óssea em uma coorte de pacientes com doença renal crônica (DRC) pré-diálise.

Métodos:

Análise post-hoc de um estudo que avaliou a associação entre calcificação coronariana e histomorfometria óssea em 49 pacientes (idade: 52 ± 10 anos; 67% sexo masculino; taxa de filtração glomerular estimada: 36 ± 17 ml/min). Os níveis séricos de IS foram dosados.

Resultados:

Pacientes com DRC estágio 2 e 3 apresentaram uma taxa de formação óssea baixa. Pacientes com DRC estágio 4 e 5 apresentaram volume osteoide, superfícies osteoblástica e osteoclástica, volume de fibrose e taxa de formação óssea significativamente maiores e intervalo de mineralização significativamente menor que os pacientes com DRC estágio 2 e 3. Os níveis séricos de IS associaram-se positivamente com a taxa de formação óssea, volume osteoide, superfície osteoblástica e volume de fibrose. A análise de regressão multivariada identificou que o IS é um fator independente determinante da superfície osteoblástica e fibrose. Uma tendência similar foi observada para a taxa de formação óssea.

Conclusão:

Nosso estudo sugere que, na DRC pré-dialítica, o IS correlaciona-se positivamente com a formação óssea.

Associação entre indoxil sulfato e histomorfometria óssea em pacientes renais crônicos pré-diálise

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