J. Bras. Nefrol. 2014;36(3):315-9.

Associação de PTH e espessura carotídea em pacientes com falência renal crônica e hiperparatireoidismo secundário

André Falcão Pedrosa Costa, Felipe Barufaldi, Marcelo Augusto Duarte Silveira, Vitorino Modesto dos Santos, Pedro de Lemos Menezes

DOI: 10.5935/0101-2800.20140045

Introdução:

Doenças cardiovasculares (DCVs) são as principais causas de mortalidade em pacientes portadores de falência renal crônica (FRC). Diversos fatores de risco estão envolvidos na patogênese e são classificados em tradicionais – que afetam a população em geral; e não tradicionais – que são peculiares aos pacientes renais crônicos. Hiperparatireoidismo secundário, um fator não tradicional e comum na FRC, causa aumento da taxa de reabsorção óssea e mobilização do cálcio e do fósforo. À medida que o produto cálcio x fósforo aumenta, a solubilidade desse par iônico pode ser excedida e ocorrer deposição de fosfato de cálcio nos tecidos cardiovasculares (denominada calcificação metastática).

Objetivo:

Verificar possível relação entre a espessura da artéria carótida primitiva e os níveis de PTH em pacientes com FRC.

Métodos:

Foram realizados exames ultrassonográficos com Doppler para medir a espessura da artéria carótida e avaliar possíveis correlações entre diferentes elevações nos níveis séricos do PTH, distúrbios minerais e fatores de risco tradicionais e as alterações encontradas na carótida de portadores de FRC dialítica e hiperparatireoidismo secundário.

Resultados:

Foi observada diferença no nível de colesterol e na idade dos pacientes que apresentavam sinais de calcificação arterial. Também foi detectada relação significativa entre os níveis de PTH e a espessura da parede da carótida (r = 0,31; p = 0,03).

Conclusão:

Dados desse estudo mostram a possível concomitância de fatores tradicionais e os relacionados com a FRC na gênese das DCVs na uremia.

Associação de PTH e espessura carotídea em pacientes com falência renal crônica e hiperparatireoidismo secundário

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